terça-feira, 26 de agosto de 2014

UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Um exemplo a ser seguido.

Sinto que há determinadas ocasiões onde o melhor é deixar as palavras correrem soltas pelo papel (ou teclado) sem que sejam tolhidas de suas características iniciais. Mesmo que possam parecer desconexas, é a melhor forma de manter sua essência, permitindo aos traços (ou aos cliques) que possam expressar seus sentimentos da forma mais pura e natural.

Hoje creio que deve ser assim. Confesso que ainda sinto dificuldade de tecer algumas palavras frente aos acontecimentos que nos abateram, pois o momento nos exige ainda mais coragem.

Sei que é preciso superar as dores e levar adiante o sentimento que nos trouxe até aqui. Nosso timoneiro se foi de forma trágica, mas seus ensinamentos permanecem vivos entre nós. Sua força de vontade e capacidade de unir os bons é o que deve nos inspirar para seguir em frente sem temer as injustiças que possam cometer contra nós.

Sabemos que a morte é algo inevitável, e em casos como este o que mais nos deixa consternados é não ter sequer a possibilidade de tentar retardá-la. Chegou cedo demais para alguém que conseguiu, com o passar do tempo, nos confortar da perda de uma das maiores lideranças políticas que esse país já teve.

Os últimos dias são de muitas reflexões sobre os caminhos que iremos seguir daqui por diante. Talvez muitos não compreendam o que de fato está por trás de tudo isso e só vejam a política como algo maléfico, porém mesmo em seu ato derradeiro nosso líder provou que quando se faz o bem pelo povo, o povo de verdade sabe retribuir.

As milhares de pessoas que tomaram as ruas do Recife para dar o ultimo adeus ao nosso comandante, são a expressão da perda que sofre o nosso país. Pessoas que sequer se conheciam, se abraçavam na tentativa de buscar algum conforto para a dor que ainda hoje insiste em arder no peito e, no fundo, o desejo maior é que tudo não passasse de um pesadelo e que pudéssemos acordar dentro de alguns instantes. Porém, o pesadelo era real e poucos conseguiram fechar os olhos nas madrugadas que antecederam aquele domingo.

Nossa caminhada segue agora com ainda mais responsabilidade, na ausência do nosso comandante. Cabe a cada um de nós assumirmos um pedaço nessa tarefa de transformar o Brasil em um país mais justo e igualitário.

Desta forma seguiremos, de cabeça erguida, convictos que fizemos parte da história e que nossa missão como seres políticos ainda está incompleta, certos de que ainda temos muito o que fazer, ir além das velhas receitas eleitoreiras e transformar a prática política em um instrumento cotidiano de inquietação na busca das soluções coletivas.

Talvez essa imagem consiga traduzir um pouquinho do líder que aprendi a respeitar e admirar. Quero guardar e seguir o exemplo de alguém que soube agregar independente das ideologias e pensou no bem coletivo, um gestor de sonhos e desejos em uma terra de tão poucos recursos.

Por fim, aproveito um trecho do verso do poeta Antônio Marinho para deixar nosso recado, quando diz: "Eduardo, todos nós seguiremos tua voz, sem temer nenhum algoz, sem desistir do Brasil"

Obrigado, Eduardo!

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