terça-feira, 28 de agosto de 2012

POESIA: NA JANELA DO DESTINO



Na janela do destino
Vejo o abismo
Sofro com os fatos
Choro com as atitudes
Grito sem razão
Frases impensadas
Consequências previsíveis
 
Perdi a paciência
Perdi o tempo
Perdi a noção
Perdi o amor
 
Minha alma suplica perdão
Meu coração sangra no silencio da minha voz
Minha cabeça cria vultos da história que se perdeu
Minha consciência sabe os erros cometidos


Fabrício Lopes

terça-feira, 21 de agosto de 2012

POESIA: SABOR DE RECOMEÇO



Cativo no meu esconderijo
A força para enfrentar as injustiças
Nasci sem saber nada
Morrerei sem saber tudo

Posso estar em silêncio
Mas não estou calado
Ideias antes enclausuradas
Agora correm sobre o papel

Escrevo por desaforo
Falo por ousadia
Publico por coerência
Compartilho por convicção

Abraço causas perdidas
Choro por idiotices
Deixo que me descubram
Tem sabor de recomeço


Fabrício Lopes

terça-feira, 14 de agosto de 2012

POESIA: SCRIBO




Não se impõe
Não ostenta
Não reclama
Não deseja
Não bajula
Não almeja
Não morre
Não come, alimenta...

Reflete desejo
Reflete tristeza
Reflete alegria
Reflete mazela
Reflete agonia
Reflete poesias
Reflete a alma
Reflete a calma

Riscada
Teclada
Impressa
Ditada
Borrada
Ousada
Datilografada
Rasgada
Manuscrita

De amor
De ódio
De ternura
De rancor
De mão
De forma
De saudade
De maldade

Desenho...
Desdenho...
Palavras
S-e-p-a-r-a-d-a-s
Sobre a folha de papel, letras
Somente letras


Fabrício Lopes

domingo, 12 de agosto de 2012

POESIA: RETRATO DA NOITE




Noite que arrasta minhas ideias
Sombra que acompanha meus passos
Vento que sopra desejos
Lua testemunha dos meus atos
Água de saciar toda sede
Nuvem que decora a paisagem
Flor que exala o aroma
Terra que dá nosso sustento
Arvore que me protege
Frio que me encolhe
Mãos impacientes
Fogueira de galhos secos
Copo de vinho vazio
Animais que rodeiam
Vozes que ecoam
Silêncio que ensurdece
Olhar que se perde
Sentimento que se abre
Realidade que reprime
Verdade que incomoda


Fabricio Lopes