quarta-feira, 6 de setembro de 2017

EM NOSSAS MÃOS

O mais impressionante
É que ninguém se impressiona
Talvez seja um efeito misto
De passividade com vergonha
Pode ser medo
Do constante perigo
Em que pode vir a tona
Seus mais tenros delitos
Nestes tempos de tragédia
Onde opositores convergem
Acordos emergem
O silêncio ensurdece
Enquanto a massa estarrecida
Continua distraída
Procurando uma razão
Sem perceber que a solução
É mais simples de que se imagina
Independente do compasso das rimas
Está em nossas mãos
Aos que se escondem
Logo adiante
A história vai cobrar

Fabrício Lopes