quarta-feira, 19 de outubro de 2016

NO COMPASSO DA HISTÓRIA


No tilintar das taças 
Conspiram contra o povo nas praças 
Máscaras caem
A falsidade se abraça 
A expectativa é de impunidade
Conquistadas com a imunidade
Outorgada pela lei
Que até hoje não sei
Como serve ao pobre
Só vejo sujeito nobre
Fazer o que bem entende
Explorando toda gente
Falando de moral e bons costumes
Criticando aos que se unem
Pra fugir do desatino
Mudar nosso destino 
Criar uma nova realidade
Mesmo que longe de casa
Com o peito apertado de saudade
Não se curva às dificuldades 
Segue firme a caminhada 
Muitos hoje conformados 
Dizem que isso não leva a nada
Só faz a gente tomar porrada
Para o poderoso se lambuzar
Porém o que mata é a apatia 
Pois quem luta todo dia
Sabe onde quer chegar
Olhos vistos não parece 
Mas a nossa luta cresce
Como um filho adolescente
Que logo se parece gente
Mas o chamamos de menino
A esperança não cessa
Para o futuro não tenho pressa
Cada dia pode parecer de dor
Mas no fundo é de glória
Semeamos esperança 
Cultivamos novas histórias 
Pois a história
Ah... a história!
Paciente e certeira
Essa não hesitará


Fabrício Lopes