quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ARTIGO - COMPREENDER PARA DEBATER

Compreender para debater
Por Fabrício Lopes*

Respeito a produção de conteúdos opinativos. Independente da minha concordância com eles, gosto de pensamentos originais que me façam refletir e compreender a diversidade do país que vivemos.

Quem apenas se apequena e somente reproduz visões plastificadas dos mais diversos e complexos temas, sem ao menos se preocupar com a disseminação de informações equivocadas, tudo isso em busca de aparentemente se apresentar como um "diferencial" de ativismo e militância, na minha visão não passa de uma marionete do sistema.

São mentes estagnadas que não enxergam além de seu próprio mundinho e não aceitam de maneira alguma compreender outras visões de mundo por medo de ser convencido por elas. Ou quem sabe até por medo de deixar escapar que concorda com o outro mas não pode dizer para não parecer um adesista. Ele quer e precisa ser diferente, mas não passa de um igual.

Seja na música, no esporte, na política, no relacionamento, etc... Quem se abre para ouvir e compreender opiniões, mesmo sem ser convencido por elas, vai ter a oportunidade de entender mais pontos de vistas e saber qual a origem de muitas visões distorcidas em tempos em que o excesso de informação nas mãos de quem nunca soube usar se transforma em instrumento de desinformação.

Por vezes assistimos uma enxurrada de ataques a uma notícia ou comentário que faz parte do cotidiano de um determinado veículo de comunicação ou pessoa com número expressivo de acompanhantes nas redes. É como se eles fossem obrigados a somente falar e fazer aqui que nos agrada e noticiar o que nos interessa, sem sequer compreender que os interesse individuais são os mais diversos.

Cabe a nós refletirmos e a partir da nossa ação cotidiana ter atitudes que nos auxilie na conquista de bons debates. É preciso ir além das visões plastificadas que às vezes tomamos como verdade absoluta e com isso limitamos a interatividade sadia que deve existir entre os cidadãos.

O debate não para por aqui, mas isso pode nos ajudar muito para obtermos uma sociedade menos intolerante e mais harmônica.


*Fabricio Lopes é Gestor Público