quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ARTIGO - É POSSÍVEL FAZER DIFERENTE

É possível fazer diferente!
Por Fabrício Lopes*

Não é de se estranhar essa prática de tentar desqualificar o debate político sempre que surge algo diferente no cenário. Isso é o reflexo da dificuldade de lidar com o contraponto de idéias, uma pratica que procura transformar seus pensamentos em símbolos hegemônicos de uma sociedade. Porem se equivocam e renegam que somente conseguimos avançar quando há pluralidade de idéias.
A dificuldade de lidar com divergências são habituais de quem fica cego diante da possibilidade de satisfazer suas necessidades egocêntricas e pouco se preocupam com questões coletivas.
É preciso estar atento as opiniões daqueles que invés de mostrar a sua melhor face, passam o tempo procurando motivos para apontar supostos defeitos que transforme os adversários em símbolos do atraso. Acredito que isso ocorre na verdade pela falta de ter o que mostrar.
O mais triste é ver que pessoas que aparentemente parecem possuir certa capacidade de discernimento político, adotam os métodos mais repugnáveis, inclusive disseminando o ódio, a mentira e a intolerância a partir da deturpação de palavras retiradas de um contexto distinto na busca de provocar a desinformação.
Fica mais evidente o desconforto quando falamos em juntar pessoas das mais variadas idéias, mas que sejam sensatas, para pensar caminhos conjuntos onde todos possam ser beneficiados. Na verdade, a prática adotada por eles é fazer o discurso para os que mais precisam e atuar a favor dos que mais possuem.
O momento é oportuno para que possamos resignificar a política e desenhar um novo caminho para o nosso país, compreendendo que será necessário unir forças capazes de recuperar o tempo perdido e apontar para um futuro diferente.
Está em nossas mãos essa oportunidade de decidir, mas tão importante quanto o participar do pleito eleitoral, se faz necessário não prevaricar. É preciso fiscalizar e compreender o funcionamento das instituições para que não sejamos surpreendido com as recorrentes peças publicitárias veiculadas nesse período e que mostram um país que apesar de toda minha experiência, ainda não encontrei.
Somos capazes de ir além e compreender quem tenta cotidianamente tumultuar o debate na tentativa de esconder suas intenções espurias. Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar que é possível fazer a diferença, é possível fazer diferente.

*Fabrício Lopes é Gestor Público

terça-feira, 26 de agosto de 2014

UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Um exemplo a ser seguido.

Sinto que há determinadas ocasiões onde o melhor é deixar as palavras correrem soltas pelo papel (ou teclado) sem que sejam tolhidas de suas características iniciais. Mesmo que possam parecer desconexas, é a melhor forma de manter sua essência, permitindo aos traços (ou aos cliques) que possam expressar seus sentimentos da forma mais pura e natural.

Hoje creio que deve ser assim. Confesso que ainda sinto dificuldade de tecer algumas palavras frente aos acontecimentos que nos abateram, pois o momento nos exige ainda mais coragem.

Sei que é preciso superar as dores e levar adiante o sentimento que nos trouxe até aqui. Nosso timoneiro se foi de forma trágica, mas seus ensinamentos permanecem vivos entre nós. Sua força de vontade e capacidade de unir os bons é o que deve nos inspirar para seguir em frente sem temer as injustiças que possam cometer contra nós.

Sabemos que a morte é algo inevitável, e em casos como este o que mais nos deixa consternados é não ter sequer a possibilidade de tentar retardá-la. Chegou cedo demais para alguém que conseguiu, com o passar do tempo, nos confortar da perda de uma das maiores lideranças políticas que esse país já teve.

Os últimos dias são de muitas reflexões sobre os caminhos que iremos seguir daqui por diante. Talvez muitos não compreendam o que de fato está por trás de tudo isso e só vejam a política como algo maléfico, porém mesmo em seu ato derradeiro nosso líder provou que quando se faz o bem pelo povo, o povo de verdade sabe retribuir.

As milhares de pessoas que tomaram as ruas do Recife para dar o ultimo adeus ao nosso comandante, são a expressão da perda que sofre o nosso país. Pessoas que sequer se conheciam, se abraçavam na tentativa de buscar algum conforto para a dor que ainda hoje insiste em arder no peito e, no fundo, o desejo maior é que tudo não passasse de um pesadelo e que pudéssemos acordar dentro de alguns instantes. Porém, o pesadelo era real e poucos conseguiram fechar os olhos nas madrugadas que antecederam aquele domingo.

Nossa caminhada segue agora com ainda mais responsabilidade, na ausência do nosso comandante. Cabe a cada um de nós assumirmos um pedaço nessa tarefa de transformar o Brasil em um país mais justo e igualitário.

Desta forma seguiremos, de cabeça erguida, convictos que fizemos parte da história e que nossa missão como seres políticos ainda está incompleta, certos de que ainda temos muito o que fazer, ir além das velhas receitas eleitoreiras e transformar a prática política em um instrumento cotidiano de inquietação na busca das soluções coletivas.

Talvez essa imagem consiga traduzir um pouquinho do líder que aprendi a respeitar e admirar. Quero guardar e seguir o exemplo de alguém que soube agregar independente das ideologias e pensou no bem coletivo, um gestor de sonhos e desejos em uma terra de tão poucos recursos.

Por fim, aproveito um trecho do verso do poeta Antônio Marinho para deixar nosso recado, quando diz: "Eduardo, todos nós seguiremos tua voz, sem temer nenhum algoz, sem desistir do Brasil"

Obrigado, Eduardo!