Rico, pobre, fraco, forte
É tudo gente
Com início, meio e fim
Que dinheiro nenhum compra
Poderoso nenhum impede
Está previsto desde sempre
A história de uma vida
É o que lhe antecede
Pra que tanta ignorância?
De onde vem tanta arrogância?
Só a palavra pela palavra não resolve
Choca, relata, ensina, comove
Mas de nada adianta
Se dividimos nossa força
Desrespeitando os iguais
O problema permanece
Não se consolida e nem cresce
Há quem interessa essa guerra?
Onde não há vencedores e vencidos
Só um mundo dividido
Onde um tempo precioso
Corroído pela ganância
Destrói a natureza
Esfacela esperanças
Futuro
Palavra doce
Que poucos se preocupam de fato
E fácil é apontar dedo
Criar culpados
Relativizar problemas
É preciso erguer a cabeça
Ter atitude
Participar, agir e pensar
Para que tudo mude
Agora
E agora?
Cadê aqueles
Que gritavam lá fora
Agora
E agora?
Será que acabaram os problemas
Ou é hora de ir embora
Agora
E agora?
Acabou a revolta? Acabou a miséria?
Ou acabou as esmolas?
Agora
E agora?
Fabrício Lopes