segunda-feira, 4 de julho de 2016

POESIA - E AGORA?


Rico, pobre, fraco, forte
É tudo gente
Com início, meio e fim 
Que dinheiro nenhum compra 
Poderoso nenhum impede
Está previsto desde sempre
A história de uma vida
É o que lhe antecede

Pra que tanta ignorância?
De onde vem tanta arrogância?
Só a palavra pela palavra não resolve
Choca, relata, ensina, comove
Mas de nada adianta
Se dividimos nossa força 
Desrespeitando os iguais
O problema permanece
Não se consolida e nem cresce

Há quem interessa essa guerra?
Onde não há vencedores e vencidos
Só um mundo dividido 
Onde um tempo precioso
Corroído pela ganância
Destrói a natureza
Esfacela esperanças

Futuro
Palavra doce 
Que poucos se preocupam de fato
E fácil é apontar dedo
Criar culpados
Relativizar problemas 
É preciso erguer a cabeça
Ter atitude 
Participar, agir e pensar
Para que tudo mude

Agora
E agora?
Cadê aqueles
Que gritavam lá fora

Agora
E agora?
Será que acabaram os problemas
Ou é hora de ir embora

Agora
E agora?
Acabou a revolta? Acabou a miséria?
Ou acabou as esmolas?

Agora
E agora?


Fabrício Lopes