No tilintar das taças
Conspiram contra o povo nas praças
Máscaras caem
A falsidade se abraça
A expectativa é de impunidade
Conquistadas com a imunidade
Outorgada pela lei
Que até hoje não sei
Como serve ao pobre
Só vejo sujeito nobre
Fazer o que bem entende
Explorando toda gente
Falando de moral e bons costumes
Criticando aos que se unem
Pra fugir do desatino
Mudar nosso destino
Criar uma nova realidade
Mesmo que longe de casa
Com o peito apertado de saudade
Não se curva às dificuldades
Segue firme a caminhada
Muitos hoje conformados
Dizem que isso não leva a nada
Só faz a gente tomar porrada
Para o poderoso se lambuzar
Porém o que mata é a apatia
Pois quem luta todo dia
Sabe onde quer chegar
Olhos vistos não parece
Mas a nossa luta cresce
Como um filho adolescente
Que logo se parece gente
Mas o chamamos de menino
A esperança não cessa
Para o futuro não tenho pressa
Cada dia pode parecer de dor
Mas no fundo é de glória
Semeamos esperança
Cultivamos novas histórias
Pois a história
Ah... a história!
Paciente e certeira
Essa não hesitará
Fabrício Lopes