Gotas do céu
Param a metrópole
Bueiro entupido
Avenida parada
Rua alagada
Pessoas molhadas
Sinal dos tempos
Dura realidade
Um dia foi garoa
Hoje é tempestade
Catraca gira
Ônibus lota
O tempo se perde
Cansaço aflora
Suor no rosto
Ao passar das horas
Pés exaustos
Na busca do lar
Vidas passantes
Colorido andante
Única proteção
Sirenes que tocam
Vidas em jogo
Caos urbano
Sofrimento cotidiano
Do povo trabalhador
Fabrício Lopes