sexta-feira, 16 de outubro de 2015

POESIA - NESTES TEMPOS


Força para lutar 
Vontade de vencer
Caminhos à trilhar
Um novo alvorecer
Sentimento que se renova
Pensamento que se inova
Coletivo se fortalece
Um passado que não se esquece
O futuro nos espera
Saudade a gente supera
Com as atitudes do presente
Trabalhando de de forma séria
Com garra permanente
Pra construir nossos sonhos
Em busca de uma cidade decente


Fabrício Lopes

domingo, 12 de julho de 2015

POESIA - CONTAMINAÇÃO




Chego tarde
Saio cedo
Sem medo
Com razão

Olho a paisagem
Vejo a trairagem
Não me empolga 
Tal situação 

Falsidade que impera
Vaidade que emperra 
CO2 na atmosfera 
Ganância e selvageria 

A criança quer o pão 
O adulto quer o emprego
Há quem queira um carrão 
Há quem só queira sossego 

Na disputa cotidiana
Se mata pela grana 
Muita gente que não faz sua parte
Mas é o primeiro que reclama
Alimenta a bandidagem
Quem só quer levar vantagem 
Vive do ciclo corroído
Contamina a atualidade

Na caixinha, sem informação 
Há uma crise sistêmica
Tudo vira polêmica
Não há mais cortesia
Mentiras parecem verdade
Nessa disputa desigual 
Repetitivo, carcomido, sem critério
Tudo fica banal

E quem trabalha o ano inteiro
É questionado até de brincar carnaval

Fabrício Lopes








terça-feira, 12 de maio de 2015

POESIA - RESISTIR, PERSISTIR...


Há um discurso eloquente
Uma voz estridente
Que se afirma como libertária

Mas não compreende a história
Não respeita a memoria
De quem lutou por igualdade

Não quero ser implicante
Porem ao ouvir os pedantes
É difícil não reagir

De onde surgem os alcoviteiros?
Quais as suas intenções?
Uma coisa é fato
A verdadeira sabedoria não se vale de bordões

No meio das das notícias distorcidas
Vejo opiniões destruídas
Sonhos roubados

É o ápice do egoísmo
Borbulha o fanatismo
Morre aos poucos o pensamento crítico

Mas resistir se faz necessário
Para vencer esse calvário
E reconstruir o direito de pensar
Sem o peso dos algozes
Que teimam em nos desafiar

Pense!
Onde iremos chegar?
Enfrente! Desafie!
É possível vencer!


Fabrício Lopes

domingo, 5 de abril de 2015

BRASIL, MÊS QUATRO DE DOIS MIL E QUINZE


Na Alemoa e no Alemão
Notícias que ecoam
Sensibilizam a multidão

Tem fogo!
Na Alemoa queima os tanques
No Alemão a queima roupa

Na Alemoa o resultado é fumaça preta
No Alemão o resultado é furar os pretos

Na Alemoa a culpa é do desenvolvimento 
No Alemão a culpa é o subdesenvolvimento

Na Alemoa o Estado mandou seus heróis
Que salvam vidas
No Alemão o Estado mandou seus algozes
Que tiram vidas

A Alemoa é Santos
O Alemão é Rio
Mas há algo em comum
São as periferias esquecidas do Brasil


Fabrício Lopes 




terça-feira, 3 de março de 2015

POESIA - MALDITO POETA



Maldito poeta
Que teima em falar a verdade
Mente
Deturpa 
Engana 
Faz drama
Não mostra tua fragilidade

Maldito poeta 
Pra que mente aberta?
Aceite
Entenda
Se venda
Repensa
Adere ao sistema 

Maldito poeta 
Das palavras vazias 
Sóbrio
Decadente 
Ranzinza
Pague a penitência
Apenas olhe a taça de vinho

Maldito poeta
Dos becos escuros
Grades
Sirenes
Muros
Que corre
Em busca da liberdade



Fabrício Lopes





quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

EXPRESSAO, OPINIÃO E LIBERDADE

EXPRESSÃO, OPINIÃO E LIBERDADE
Por Fabrício Lopes*

Vivemos um tempo de sentimentos perecíveis, onde o engajamento é fruto do impulsos midiáticos e a falta de bom humor e bom senso deturpam as informações.

Há uma crise de confiabilidade imposta que limita as boas relações e transformam os espaços de interação em terrenos de disputa.

Ao invés de aproveitarmos melhor as opiniões, debates e reflexões das mais diversas vertentes espalhadas pelas redes para aprofundar e diversificar o conhecimento, somos estimulados a ter medo e reagir instantaneamente contra quem pensa diferente.

Será que somos obrigados a sempre ter opinião sobre tudo? Será que não podemos agregar novas ideias e experimentar novos caminhos?
Diante de tantas opções, não podemos ficar limitados às imposições minimalistas mundanas, somos capazes de romper com essa lógica.

Cabe a cada um saber compreender as visões do outro e lutar por um mundo com mais expressões de liberdade.

*Fabrício Lopes é Gestor Público


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

POESIA - PEQUENAS ATITUDES



Abra os olhos para o futuro
Sai do muro
Vem pra luta 
Com vontade de mudar

Charme agora seus amigos
Use mais a inteligência
A rua é nossa residência
Quando a luta é popular

Tem as redes que ajudam
Mas de casa nem tudo muda
Permaneça conectado
Móvel é o celular

Olhe atento os movimentos
Junte os bons sentimentos
Espalhe alegria e emoção
Mas não perca a atenção

Fique atento nas palavras
Elas trazem informação
Pichadas, escritas, cantadas
Deixam marcas no cidadão

Vamos juntos mudar essa situação
Com um ato de coragem
Enfrentar a bandidagem 
Que toma conta da nação

Nestas breves palavras
Que talvez não leve a nada
Quem sabe um dia até vire exposição
Fica aqui um registro, uma opinião
Quem sabe até uma convocação


Fabrício Lopes