Chego tarde
Saio cedo
Sem medo
Com razão
Olho a paisagem
Vejo a trairagem
Não me empolga
Tal situação
Falsidade que impera
Vaidade que emperra
CO2 na atmosfera
Ganância e selvageria
A criança quer o pão
O adulto quer o emprego
Há quem queira um carrão
Há quem só queira sossego
Na disputa cotidiana
Se mata pela grana
Muita gente que não faz sua parte
Mas é o primeiro que reclama
Alimenta a bandidagem
Quem só quer levar vantagem
Vive do ciclo corroído
Contamina a atualidade
Na caixinha, sem informação
Há uma crise sistêmica
Tudo vira polêmica
Não há mais cortesia
Mentiras parecem verdade
Nessa disputa desigual
Repetitivo, carcomido, sem critério
Tudo fica banal
E quem trabalha o ano inteiro
É questionado até de brincar carnaval
Fabrício Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário