ENTREVISTA AO JAP

Movimento estudantil: em pauta

Projeto de lei prevê reparação do Estado à destruição da sede da Une e Ubes em 1964, trazendo reflexões sobre o papel do movimento hoje

Está em discussão o PL 3931/08, que prevê a responsabilização do Estado Brasileiro pela destruição da Sede da UNE/UBES em 1964, como um dos primeiros atos de instauração da ditadura no país. Hoje, passadas quatro décadas, entra em discussões entre os jovens e na própria sociedade, qual é o lugar e o papel dos movimentos estudantis. Quais são as bandeiras das entidades estudantis num governo dos trabalhadores? A autonomia é possível?

A destruição da sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1964 está sendo relembrada em 2008. Em agosto, o presidente Lula assinou o projeto de lei que responsabilizando o Estado brasileiro pela destruição da casa da entidade durante a ditadura. O projeto de lei terá o acompanhamento do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Juventude

O PL 3931/08, do Poder Executivo cria uma comissão interministerial para estabelecer o valor e a forma da indenização à UNE. Segundo informações da Agência Câmara, a votação da matéria ainda neste ano. A proposta também será submetida a análise das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Antes da destruição, a sede na Praia do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro era partilhada pela UNE e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), desde 1942. O espaço foi incendiado e saqueado em 1º de abril de 1964, sendo demolido em 1980. A expectativa é que o edifício seja reformado e conte com um projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer.

Movimento estudantil hoje – Os principais movimentos políticos, culturais e de resistência no país contaram com a participação ativa dos estudantes. No século XX, a mobilização e a força política de entidades como a UNE e a UBES foram marcas históricas significativas, especialmente nos momentos de combate às ditaduras. Hoje, são outros tempos. Já não há oposições tão claras e o governo brasileiro vem de bases esquerdistas. Fica então a pergunta sobre qual é o papel dos movimentos estudantis num contexto de social-democracia.

Para Lúcia Stumpf, presidente da UNE, a atual bandeira de luta da entidade é o Estado democrático e a consolidação das liberdades individuais de expressão, imprensa etc. “Se observarmos atentamente, ainda há muita precariedade nos serviços públicos básicos e o abismo social entre ricos e pobres ainda é escandaloso. Temos na Constituição de 1988, garantidos como direitos à educação, saúde, moradia, trabalho etc. Mas vemos que ainda há muitos entraves para que se configurem como uma realidade na vida das pessoas mais simples. O acesso à universidade ainda é muito difícil, mesmo com os avanços recentes. E enquanto o Brasil não for um país verdadeiramente democrático, no sentido de garantir plenos direitos a todos os cidadãos, a UNE se manterá nas ruas exigindo que estes direitos sejam atendidos” explica.

Segundo Fabrício Lopes, representante da UBES no Conjuve, “o movimento estudantil hoje transcendeu barreiras, o fato de entender o estudante como protagonista social contribuiu significativamente para que a luta ampliasse. Existem retrógrados que teimam em dizer que o ME enfraqueceu, pelo contrário, hoje ele tem mais frentes de atuação, passa pela política pública de juventude, movimento pela sustentabilidade ambiental, luta por condições de entrada no mercado de trabalho, entre outras”.

Movimento estudantil e partidarismo - Hoje para muitos jovens o espaço da política estudantil é um lugar de dúvida e até mesmo descrédito. Na rebarba da desvalorização das instituições, as entidades estudantis também são questionadas. Estudioso do movimento estudantil, Otávio Luiz Machado questiona em seus artigos a relação intrincada das entidades com partidos políticos esquerdistas, dificultando uma posição mais autônoma e crítica dos movimentos, que não conseguem se distanciar dos govenos. Os conteúdos podem ser lidos na íntegra no blog Seja realista: peça o impossível (Movimento Estudantil Brasileiro), no endereço http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/.

Para a presidente da UNE, as diretorias são compostas por estudantes de diferentes correntes ideológicas e políticas, “há estudantes com filiação partidária de esquerda, estudantes com filiação partidária de direita e estudantes sem filiação partidária alguma. Ou seja, não é a filiação partidária que determina, mas o compromisso com a luta estudantil”. A militante considera que o histórico dos movimentos não pode ser colocado em xeque pelo que chama de “demonização da filiação partidária”. Segundo ela, a UNE jamais se isentou de fazer as críticas necessárias ao governo, como quando do aumento dos juros, em que fizemos uma manifestação pelo "Fora Meirelles!" em Brasília.

Lopes acredita que o envolvimento dos membros da entidade com partidos políticos faz parte do processo histórico de incentivo dos partidos à militância interna. Fora que acredita que a maior organização fortalece os grupos, o que não impede a participação de todos.

Para a presidente da UNE, “O Movimento Estudantil foi um dos pontos altos da resistência ao neoliberalismo no país. Foram greves, passeatas, vigílias, tudo para barrar o projeto em curso. Hoje observamos um esvaziamento da agenda neoliberal no país e devemos isso em parte à mobilização dos estudantes universitários e secundaristas da década de 90. Obtivemos vitórias, mas também derrotas. Uma delas é justamente o avanço dos discursos individualista e da falência das instituições políticas, que estão interligados. Este discurso oculta na verdade interesses poderosos de manter o status quo. Para isso, é imprescindível uma população apática, um povo que não lute, daí a importância de inculcar no imaginário das pessoas, em especial dos jovens, que na vida vale o ‘salve-se quem puder’ e que ‘político é tudo igual’”.

A entidade vem se envolvendo com atividades de mobilização e participação política, como a campanha "Mudar a Política para Mudar o Brasil", onde é proposta a reforma política de caráter democratizante no país. Outra iniciativa é a Caravana UNE: Saúde, Educação e Cultura, que percorrerá 41 instituições das 27 unidades da Federação, discutindo temas que relacionam saúde e comportamento juvenil como álcool e violência no trânsito, descriminalização das drogas, legalização do aborto, DSTs (com realização de testes rápidos de HIV), além das discussões do chamado Projeto Brasil, no qual se agregam o SUS, o sistema político, políticas educacionais.

Para Fabrício Lopes, a militância estudantil marca o início da militância política de muitos jovens. “Através do ambiente escolar iniciamos muitas das habilidades que vamos desenvolver no nosso futuro. Fazer política não está ligado intimamente a fazer a política escolar, ela vai além, alunos que buscam um habitat saudável, ou mesmo cobram o efetivo aprendizado do currículo escolar já demonstram que têm habilidades políticas e que pode começar desde já a construir suas idéias também para a sociedade”.

O conselheiro de juventude não acha que as instituições políticas do país não vivem um descrédito, mas sim falta de informação. “A política de entretenimento, versus, conhecimento vêm ao longo dos últimos anos assolando a nossa sociedade. Liga se a televisão e parece que tudo está distante, ou então que nada passa perto de nossas casas. Por vezes ter noção da realidade e lutar para transformá-la é doloroso. Noticias chocam, mas parece que é só trocar de canal e não choca mais. É necessário criar uma cultura de busca do conhecimento, hoje quem detém informação está mais preparado para o futuro. A escola precisa ser o estopim desta política e os jovens os agentes de direito da transformação. É possível acreditar ainda” conclui.

ALGUMAS LEMBRANÇAS - PARTE 1

MATERIA DA CONFERÊNCIA NACIONAL DE JUVENTUDE 2

Jovens avaliam conquistas da

1ª Conferência Nacional de Juventude

Brasília - Será encerrada na tarde desta quarta-feira (30) a 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude. Conforme o diretor estadual da Juventude Socialista de São Paulo e membro do Conselho Nacional da Juventude (Conjuv), Fabrício Lopes, após quatro dias de plenárias com representantes de todo o país os jovens comemoram o sucesso do evento que teve como uma de suas conquistas o compromisso do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT/SP), de agilizar a votação de matérias de interesse da categoria, como é o caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que regulamenta a proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais das pessoas com idades de 15 a 29 anos.

Fabrício Lopes ressaltou que o líder do PSB, deputado Márcio França (SP), foi um dos primeiros a apoiar essa PEC já em fevereiro deste ano, o que demonstra o empenho da bancada socialista em prol dos direitos dos jovens brasileiros. Para ele, um dos ganhos da conferência foi a integração dos participantes que antes não se conheciam e agora ficarão mais engajados nesse movimento social.

Entre delegados e visitantes, o encontro reuniu cerca de três mil pessoas, sendo 2.500 jovens representantes dos 27 estados brasileiros. O PSB enviou para Brasília delegações de 19 estados. "O PSB está fazendo uma articulação grande com a juventude e além disso tivemos aqui reunião com Joe Vale, do Ministério da Ciência e Tecnologia, pois o jovem não está preocupado apenas com os problemas do cotidiano, mas também com desenvolvimento tecnológico", disse.

O representante da Juventude Socialista afirmou ainda que a troca de experiências durante a conferência é outro ponto positivo do evento no qual os jovens vindos de diversas regiões puderam conhecer trabalhos desenvolvidos pelo PSB em estados como São Paulo, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Amazonas e Roraima, que contam com gestores específicos para os temas relacionados à juventude.

Realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude foi coordenada pela Secretaria Nacional de Juventude, com apoio do Conjuve e a da bancada federal da juventude.


(30/04/2008 - 14:13)
Dinêz Costa/repórter
Liderança do PSB na Câmara dos Deputados

MATERIA DA CONFERÊNCIA NACIONAL DE JUVENTUDE 1

Conferência discute políticas para juventude

Brasília – Teve início no domingo(27) e prossegue até quarta-feira(30), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, um evento coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude.

Nesses quatro dias, mais de dois mil delegados de todo país, além de convidados, debatem os seguintes temas "Democracia, participação e desenvolvimento nacional", "Parâmetros e diretrizes da Política Nacional de Juventude" e "Desafios e prioridades para as Políticas Públicas de Juventude".

Segundo Fabrício Lopes, diretor estadual da Juventude Socialista de São Paulo e membro do Conselho Nacional da Juventude, a Conferência é uma oportunidade para eleger as prioridades que nortearão o segmento e para divulgar os programas que estão sendo desenvolvidos pelo PSB em seus três governos de estado e nas suas diversas prefeituras. "Estamos difundindo os trabalhos desenvolvidos pelos socialistas e discutindo políticas globais para a juventude. Esse debate é de suma importância, pois vai além da questão eleitoral ou partidária, e aprofunda de fato as políticas para os jovens", disse.

O deputado Valadares Filho (PSB/SE), que apóia a Conferência, destacou que o evento "é um espaço para o diálogo entre os representantes de governos, os movimentos e as organizações juvenis de todos os 27 estados brasileiros". Ele lembrou que a Câmara já deu uma significativa contribuição para a juventude ao aprovar, no último dia 15, a Medida Provisória que reformula o ProJovem e reajusta o valor do Bolsa Família.

(28/04/2008 - 17:08)
Dinêz Costa/Repórter
Liderança do PSB na Câmara

MATERIA - CONFERÊNCIA REGIONAL DO ABC 2

Juventude Cidadã sedia

Conferência Regional de Juventude

O espaço Juventude Cidadã, que faz parte da Coordenadoria de Ações para a Juventude de São Bernardo, recebeu no último sábado (01/03) a Conferência Regional de Políticas Públicas de Juventude. O evento, que reuniu cerca de 250 pessoas, ficou marcado pela discussão de propostas e idéias voltadas para a juventude do Grande ABC, já que cada um dos sete municípios trouxe uma delegação de jovens e suas propostas para os assuntos relacionados a juventude.

A conferência contou com a presença do presidente do Consórcio Intermunicipal, João Avamileno e Fabrício Lopes, representante do Conselho Nacional da Juventude. Para Avamileno, o espaço que a conferência ofereceu aos jovens deve ser aproveitado da melhor forma. “O que for discutido aqui será fundamental para o futuro deles. A juventude sofre discriminação por ser audaciosa e impetuosa, mas ela tem a vontade de mudar as coisas, e é isso que realmente importa”.

Fabrício Lopes cobrou mais atitude por parte dos jovens, tanto na elaboração de propostas para o governo quanto na participação na sociedade. “Temos um compromisso de produzir as propostas do ABC para levar a todo país Este é um momento histórico para a região. Não é fácil reunir tantos jovens em um sábado de manhã para discutir propostas de políticas públicas, mas deve haver união e, principalmente, comprometimento”.

Alem de Avamileno e Lopes, o coordenador do Juventude Cidadã e o coordenador de ações comunitárias formaram a mesa de honra do evento.

Atividades – os debates e elaboração de propostas para os desafios levantados nas conferências municipais foram realizados na parte da manhã, com o objetivo de priorizar sete desafios e suas respectivas propostas em cada grupo de trabalho, que incluíam temas como Educação, Trabalho, Vida em Sociedade, Direito à Cidade, Cultura e Cidadania. Na parte da tarde, cada cidade elegeu seus delegados (tanto da sociedade civil quanto do governo) que representarão a região na etapa estadual do evento, que será realizada nos dias 29 e 30 de março, na capital paulista. Ao final da tarde foram apresentadas em plenária as indicações de delegados e as bandeiras de cada grupo de trabalho. Confira abaixo o que cada grupo levantou:

CIDADANIA
DESAFIO – IDENTIDADE JUVENIL
Solução 1: criação do Centro de integração Cultural da Juventude (diagnóstico da população juvenil)
DESAFIO – INSTRUMENTOS DE INTERLOCUÇÃO
Solução 1: cota mínima de 20 % de jovens com até 32 anos nas eleições legislativas
Solução 2: criação do Conselho Regional de Juventude
Solução 3: participação dos jovens organizados nos conselhos de juventude (M.E.N)
DESAFIO – INCLUSAO DOS JOVENS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
Solução 1: criação de república regional para a juventude
Solução 2: inclusão dos jovens em programas sociais, culturais e econômicos
Solução 3: centro de atenção e cuidados aos jovens em situação de violência
DESAFIO – DIREITOS FUNDAMENTAIS
Solução 1: criação de locais/espaços de discussão
Solução 2: serviços públicos para a juventude
Solução 3: garantir passe livre, por renda per capita
DESAFIO – ACESSO À INFORMAÇÃO
Solução 1: garantir a inclusão digital nas escolas estaduais e universidades
Solução 2: facilitar o acesso dos jovens aos acervos culturais
Solução 3: maior divulgação em linguagem compatível com a juventude
DESAFIO – GARANTIA DE EXISTÊNCIA E LIVRE ORGANIZAÇÃO DE ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES
Solução 1: garantir a liberação e criação dos grêmios nas escolas
Solução 2: apoio institucional às organizações e entidades juvenis
DESAFIO – DESPERTAR O INTERESSE CRÍTICO DOS JOVENS NAS ESCOLAS
Solução 1: incentivo de politização nas escolas
Solução 2: exigir inclusão de matérias de formação crítica na grade curricular (sociologia e filosofia)

DIREITO À CIDADE
DESAFIO – IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS QUE PROMOVAM A GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Solução 1: acesso ao saneamento ambiental integrado: água potável, coleta e tratamento de esgoto, educação ambiental, coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (orgânico e reciclável), gestão de áreas de riscos.
Solução 2: criação de cursos para educação e eco profissionalização
Solução 3: estudo e implementação de programas de coleta seletiva de lixo
DESAFIO – ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO GRATUITO
Solução 1: transporte gratuito e de qualidade para todos os estudantes, esportistas e jovens desempregados
Solução 2: criação de um programa de responsabilidade social para empresas de transporte coletivo
Solução 3: garantia de transporte público gerido pelas prefeituras
DESAFIO – DESENVOLVER POLÍTICAS QUE VISEM A MELHORIA DA EDUCAÇÃO
Solução 1: reformulação do ensino fundamental e médio, inserindo novos cursos que promovam formações para o mercado de trabalho (cursos técnicos profissionalizantes) relacionados ao desenvolvimento das políticas de cada cidade
Solução 2: encerrar a progressão continuada nas escolas públicas estaduais
Solução 3: implantação da lei 10.639 em todas as escolas, com inclusão de equipes psicossociais.
DESAFIO – GARANTIR A MORADIA E A REFORMA URBANA
Solução 1: criação de programas de habitação sustentável e de urbanização
Solução 2: criação de parques ecológicos que instruam a população sobre a utilização sustentável do meio ambiente
Solução 3: conscientização da comunidade para o processo de urbanização (mananciais e áreas degradadas)
DESAFIO – ASSEGURAR À JUVENTUDE O DIREITO À SEGURANÇA
Solução 1: inclusão da justiça restaurativa, no sistema de julgamentos de menor ofensiva, levando em consideração a remediação de conflitos através das escolas e comunidades
Solução 2: promover uma reforma no sistema de formação e gestão da segurança pública, formando os agentes da guarda municipal e policiais para garantir a segurança de maneira mais humanizada
Solução 3: fiscalizar com mais rigor a venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes em todas as cidade com disque denúncia para a população

EDUCAÇÃO
DESAFIO – DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR
Solução 1: instituição regimental da democracia escolar: eleições diretas, plano de metas, avaliação geral e grêmios, todos juntos como diretores, professores e comunidade, melhorando o desempenho entre eles e promovendo assim o exercício à cidadania por meio de conferências, assembléias, atividades sociais, recreativas e culturais dentro de cada ponto educacional
Solução 2: liberdade de remanejamento de orçamento escolar
Solução 3: criação de conselhos diretor e local e conselho municipal
DESAFIO – EDUCAÇÃO GLOBAL INCLUSIVA
Solução 1: orçamento participativo (a sociedade opina onde deve aplicar os recursos) com ampliação da verba do PIB de 3% para 7%
Solução 2: educação para criar seres críticos e autônomos e não somente mercado de trabalho, incluindo matérias que garantam a estimulação do pensamento crítico
Solução 3: as escolas devem preparar as potencialidades dos alunos em sua plenitude (cultura, lazer, cidadania e educação)
DESAFIO – ERRADICAÇÃO DA EVASAO ESCOLAR
Solução 1: passe livre escolar
Solução 2: ampliação do acesso a rede escolar para jovens com deficiência
Solução 3: alimentação para estudantes do ensino médio
DESAFIO – MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFESSORES
Solução 1: garantir na jornada do professor tempo para plantão de dúvidas com auxílio de estagiários
Solução 2: recursos didáticos para as escolas (materiais artísticos, esportivos e tecnológicos)
Solução 3: aumento dos salários, seguido de limite de jornada de trabalho e garantia de tempo para formação continuada
DESAFIO – GARANTIA DE ACESSO E PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR
Solução 1: ampliação do Prouni, cota de 50% das vagas das universidades públicas para alunos de escolas públicas e maior divulgação dos cursos oferecidos e ampliação das faculdades públicas
Solução 2: mais investimento em cursinhos pré-vestibulares comunitários
Solução 3: auxílio para estudantes em situação de vulnerabilidade, auxílio moradia, creche para os filhos de estudantes
DESAFIO – INVESTIR EM PROGRAMAS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DA JUVENTUDE
Solução 1: implantação de aulas profissionalizantes no ensino médio, programas de formação e iniciação ao trabalho com incentivo ao estágio e ensino médio integrado ao profissional
Solução 2: abertura de bibliotecas interativas, centros de informática e centros de idiomas para a população
Solução 3: criação e ampliação de escolas técnicas de acordo com a necessidade profissional dos municípios

TRABALHO
DESAFIO – ACESSO AO TRABALHO, RENDA E OPORTUNIDADE
Solução 1: central de informações de oportunidades com integração aos espaços públicos (escolas)
Solução 2: fomento às políticas públicas de economia solidária e cooperativa (cooperativismo)
Solução 3: criação de incubadora e Centro de Referência para jovens empreendedores e inovadores
DESAFIO – INCENTIVO AO PRIMEIRO EMPREGO
Solução 1: garantir juntos aos municípios programas de incentivo ao 1º emprego
Solução 2: estabelecer que as empresas também assumam o papel de formação do profissional
Solução 3: garantir que as empresas ofereçam cota de vagas para jovens em situação de primeiro emprego
DESAFIO – MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DO JOVEM
Solução 1: criação de um fórum de discussão, de caráter permanente, em todo território nacional (cidades) sobre saúde e trabalho e direitos e garantias do trabalhador
Solução 2: obrigatoriedade aos empregadores de jovens, fornecer ao poder público e ao fórum de discussão dados inerentes aos riscos da saúde dos trabalhadores para fins de pesquisas para determinar ações cabíveis
Solução 3: garantir a fiscalização das condições de trabalho por todas as esferas dp governo (vigilância sanitária, DRT, TEM, MPT)
DESAFIO – INTEGRAÇÃO/ARTICULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NAS ESFERAS DO GOVERNO, BEM COMO PROGRAMAS SOCIAIS E INICIATIVA PRIVADA
Solução 1: regulamentação do trabalho temporário e terceirizado
Solução 2: garantir os direitos/benefícios básicos aos estagiários
Solução 3: garantir a intersetorialidade nas áreas de saúde, trabalho e seguridade social
DESAFIO – FORMAÇÃO PARA A INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO
Solução 1: implantação de Centro de Referência da juventude em todos os municípios
Solução 2: estabelecer parcerias com a sociedade civil, poder público e setor privado, com vista à inserção do jovem no mercado de trabalho
Solução 3: redução de tempo de experiência exigido ao ingresso no mercado de trabalho

VIDA EM SOCIEDADE
DESAFIO – RESPEITO À DIVERSIDADE SEXUALÇ (HOMOFOBIA É CRIME)
Solução 1: garantir a educação voltada a luta contra a homofobia em todas as esferas e que seja aplicado o estado laico nessas discussões com referência ao programa “Brasil Sem Homofobia”
DESAFIO – GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE NO ATENDIMENTO AOS JOVENS
Solução 1: capacitar profissionais para atender jovens em situação de gravidez não desejada na adolescência, homofobia, racismo e violência contra a mulher, aplicar e efetivar os direitos sexuais e reprodutivos.
DESAFIO – COMBATER A VIOLÊNCIA E GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA
Solução 1: criar uma comissão consultiva para acompanhamento da Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa do Estado e fomentar discussões a nível federal que tenha debate raial e de maioridade penal no programa de LA (liberdade assistida)
Solução 2: sensibilização e comprometimento do setor judiciário
DESAFIO – GARANTIA DE RESPALDO LEGAL (DIREITOS SEXUAIS REPRODUTIVOS)
Solução 1: garantir os direitos sexuais independente da orientação sexual, identidade de gênero, raça e etnia, bem como oferecer prevenção às DSTs, aborto legal e atenção à distribuição e venda da pílula do dia seguinte com atendimento psicossocial
DESAFIO – FALTA DE ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIO QUE DESENVOLVA A CONSCIENTIZAÇÃO E FORMAÇÃO DA COMUNIDADE
Solução 1: mapeamento das famílias que são atendidas pela rede para qualificar e estruturar os serviços oferecidos visando as verdadeiras demandas da sociedade
DESAFIO – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A INSERÇÃO DE DIÁLOGO NA FAMÍLIA DO JOVEM (NEGRO, HOMOSSEXUAL, DEFICIENTE FÍSICO) NO MERCADO DE TRABALHO
Solução 1: projetos de lei que priorizem a inserção da família do jovem (negro, homossexual, deficiente físico) no mercado de trabalho para a garantia de estuturação e formação desta família, seja qual for
Solução 2: descentralização e alternativas de espaços na comunidade que desenvolvam atividades culturais, educacionais, esportivas, profissionalizantes e de lazer, utilizando os espaços existentes nas comunidades, através de parcerias com a prefeitura e as entidades de bairros
DESAFIO – GARANTIA DE EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA
Solução 1: prêmio municipal a trabalhos escolares ou acadêmicos relacionados a cultura negra
Solução 2: parcerias com os movimentos sociais negros e outros parceiros em potencial para a implementação da lei 10.639/03 e propor intervenções étnico/raciais
Solução 3: criação de um programa de identidade étnica racial nas esferas do poder executivo a nível federal, estadual e municipal
DESAFIO – ELABORAÇÃO E ENCAMINHAMENTO DE PROCEDIMENTOS EFICAZES A QUESTÃO DAS DROGAS, BUSCANDO OUTROS MECANISMOS QUE NÃO PELAS VIAS TRADICIONAIS (PRISIONAL E PSIQUIÁTRICA)
Solução 1: priorizar investimentos aos programas de redução de danos, com maior investimento financeiro, técnico e político a estes programas
Solução 2: melhorar e ampliar os investimentos de pesquisas sobre os diversos tipos de drogas, considerando os efeitos biopsicossociais e sexuais
Solução 3: desenvolver estudos e pesquisas idôneas sobre drogas que considerem o aspecto cultural antropológico do usuário

CULTURA
DESAFIO – FALTA DCE ESPAÇO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA CULTURAL
Solução 1: criação de centros de formação profissional com certificado
Solução 2: auxílio de bolsas para faculdades de cultura
DESAFIO – DESENVOLVER POLÍTICAS DE INCENTIVO À PRÁTICA DE ESPORTE
Solução 1: criar programas esportivos que respeitem as diversidades sociais, inclusive garantindo acesso aos portadores de necessidades especiais
Solução 2: criar mecanismos de vale transporte para esportistas
DESAFIO – FALTA DE PATROCÍNIO E INCENTIVO PÚBLICO
Solução 1: revisão das atuais leis de incentivo fiscal
Solução 2: atrair atenção de empresas privadas que tenham o interesse de patrocinar projetos culturais
Solução 3: destinação de verba específica no orçamento para cultura e esportes (com a entrada de grupos para financiar e dar suporte necessário aos projetos)
DESAFIO – DESENVOLVER POLÍTICAS QUE PROMOVAM ACESSO DOS JOVENS AOS BENS CULTURAIS EM GERAL
Solução 1: realizar uma “virada cultural e esportiva”, onde os jovens tenham espaço para expor sua arte
Solução 2: promover a divulgação efetiva dos espaços existentes na cidade, como bibliotecas públicas, centros culturais e esportivos, bem como a igual programação dos mesmos
DESAFIO – FALTA DE CULTURA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR, BEM COMO A FALTA DO RESGATE DAS CULTURAS POPULARES
Solução 1: focar nas escolas a valorização da cultura indígena, afro-descendente e movimentos recentes no Brasil
Solução 2: implantação de atividades culturais durante o horário de aula ou extracurriculares
Solução 3: investimento em infra-estrutura para aulas de arte
Solução 4: contratação de professores especializados em cada área artística, fazendo cumprir as exigências do MEC
DESAFIO – CRIAR E FORTALECER O CRJ PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA, A EXPRESSÃO DA CULTURA E DO PENSAMENTO DA JUVENTUDE E DE CONVIVÊNCIA ENTRE DIFERENTES JUVENTUDES
Solução 1: criação de um espaço físico para atividades diversificadas de cultura
Solução 2: ações realizadas por agentes culturais jovens para estimular que os bens culturais e as políticas públicas sejam apropriadas pela juventude
Solução 3: descentralização das ações culturais para e com a juventude, para a garantia da democratização do acesso aos bens culturais
DESAFIO – POUCO ESPAÇO PARA A DIVULGAÇÃO DA CULTURA NA MÍDIA
Solução 1: utilização de espaço da internet para divulgação de calendário cultural em sites de grande acesso, com uma ação de marketing mais ativa
Solução 2: abertura de espaços públicos na mídia existente, em canal aberto na televisão , horários nobres, alem de divulgar calendários regionais
Solução 3: verba pública para produção de mídias alternativas, como rádios comunitárias e jornais

Fonte: Prefeitura de São Bernardo

MATERIA - CONFERÊNCIA REGIONAL DO ABC

1ª Conferência Regional de Juventude

reúne 250 jovens em São Bernardo do Campo

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC promoveu no último sábado, 1º de março, a 1ª Conferência Regional de Políticas Públicas de Juventude do Grande ABC que reuniu cerca de 250 pessoas, na Juventude Cidadã de São Bernardo do Campo.

O objetivo da ação foi realizar um encontro entre o governo e a sociedade a fim de identificar os desafios e sugerir novas propostas de políticas para a garantia dos direitos da juventude.

O evento que teve em sua abertura apresentações de dança e roda de capoeira, contou com a presença do Presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, João Avamileno, prefeito de Santo André, do Deputado Estadual, Orlando Morando, do representante do Conselho Nacional da Juventude, Fabrício Lopes, do Coordenador de Ações para a Juventude de São Bernardo do Campo, José Luiz do Prado, Solange Tola Delfini, representante do Governo do Estado no comitê executivo de organização da Conferência Estadual de Juventude.

O Vereador, José Ferreira, o Chefe de Gabinete do Prefeito de São Bernardo do Campo, Osmar Mendonça e o ex-prefeito, Mauricio Soares também estiveram presentes.

O presidente do consórcio, João Avamileno, aproveitou a ocasião para assumir um compromisso com os jovens. “Ciente das necessidades dos jovens, me comprometo a dizer que pretendo discutir com nossos prefeitos e criar dentro do Consórcio Intermunicipal, um grupo de trabalho aonde a juventude tenha espaço para se organizar e discutir as suas políticas e suas reivindicações também a nível regional” afirmou.

Ao longo do dia, os presentes se reuniram em 6 grupos: Cidadania, Direito à Cidade, Educação, Trabalho, Vida em Sociedade e Cultura, nos quais os participantes discutiram os desafios e possíveis soluções, que resultaram na eleição de 7 delegados do Governo e outros quinze delegados da sociedade civil.

Após a 1ª Conferência Regional estão programadas ainda a Conferência Estadual que acontece nos dias 29 e 30 de março e a Conferência Nacional a ser realizada entre os dias 27 e 30 de abril de 2008 em Brasília. Ambas são coordenadas pela Secretaria Nacional da Juventude, vinculada à Secretaria Geral da Presidência da República.

Fonte: Consorcio Intermunicipal do ABC
Data: 06/03/2008

ENCONTRO DE GESTORES - PRAIA GRANDE

Praia Grande sedia encontro estadual de jovens

Representantes das nove cidades da Baixada Santista estiveram presentes na reunião

A Secretaria de Promoção Social (Sepros) sediou uma etapa do Encontro Estadual da Juventude, no último dia 27, com participação de 30 gestores e representantes de organizações não-governamentais (ONGs) da Baixada Santista, onde vivem cerca de 450 mil pessoas com idades de 15 a 29 anos. O objetivo foi traçar o perfil do jovem da região.

O encontro em Praia Grande foi o segundo do Estado. Faltam 16 - 13 nas regiões administrativas e 3 na Capital, até maio. O perfil do jovem em todo o Estado deve sair até o final do ano. O próximo encontro ocorre nesta sexta-feira (7), na Região Administrativa de Presidente Prudente, composta por 53 cidades. A meta é planejar ações voltadas aos jovens até 2010.Durante todo o dia, o futuro do jovem esteve em debate, com apresentação de idéias e sugestões voltadas às políticas públicas nos nove municípios, além da troca de experiências. Para Thiago Mendes, representante do Partido da Juventude Política de Peruíbe, o encontro promoveu integração. “No começo, todos falavam que Peruíbe era a periferia da região, mas com esse tipo de debate, pude mostrar mais o trabalho da minha cidade e, conseqüentemente, integrá-la com os outros municípios”, declarou.

Para a coordenadora Estadual da Juventude, Mariana Montoro, no começo esse intercâmbio provocou até uma certa turbulência. “Parecia que ninguém conhecia a realidade da cidade vizinha. Depois de muito confronto de idéias, as coisas começaram a melhorar”, afirmou.

Gestores - Para o representante de São Vicente e um dos membros do Conselho Municipal da Juventude, Fabrício Lopes, o primeiro passo após a reunião será estabelecer contatos com gestores. “Temos que aproveitar essa oportunidade para esquentar (o debate) e, quem sabe, conseguir mudar alguma coisa na política das cidades”, opinou, lembrando que é necessário o surgimento de uma Secretaria da Juventude. “Praia Grande já deu um grande passo criando a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer. Temos que expandir esse tipo de idéia para a região inteira”, completou.

O encontro foi aprovado também pelo representante de Santos, Leandro Costa. Para ele, a região estava precisando da iniciativa: “É primordial que um jovem saia de Peruíbe e vá para Praia Grande ou Santos e não se choque com realidades diferentes. É importante que a região seja uma só e que as oportunidades para os jovens sejam as mesmas. Temos que nos unir e tornar o jovem mais participativo na Baixada inteira”.

Fonte: Secom/Praia Grande
Notícia do dia 6/3/2008

MATÉRIA - CONFERÊNCIA DE OSASCO

Osasco reúne 300 pessoas na

1ª Conferência Municipal da Juventude

No último sábado, dia 23 de fevereiro, aconteceu a 1ª Conferência de Políticas Públicas para a Juventude, realizada pelo Conselho Municipal da Juventude de Osasco (CMJO), com o apoio das secretarias de Governo, e de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão. O evento, que aconteceu na Escola de Artes Cesar Antônio Salvi, reuniu cerca de 300 pessoas.
Durante o encontro, jovens de todas as partes da cidade, dentre eles artistas, estudantes, esportistas e religiosos, tiveram a oportunidade de discutir temas variados como Educação, Meio Ambiente, Trabalho, Arte, Cultura, Família, Sociedade, Saúde, Sexualidade e Drogas, entre outros.

O ponto alto do evento foi o lançamento do Mapa da Juventude, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão da Prefeitura de Osasco e pelo Conselho, com o objetivo de traçar um detalhado perfil dos jovens na cidade. Na ocasião também aconteceu o lançamento da revista "Se Liga Galera!", produzida e editada pelo Departamento de Comunicação da Prefeitura de Osasco.

De acordo com o coordenador do CMJO, Elineudo Meira, o Chokito, o Mapa permitiu descobrir as várias faces da juventude osasquense. "O perfil nos permite analisar desde a elite até a periferia. Sabemos, por exemplo, que em Osasco a juventude corresponde a quase 28% da população", destacou

Fabrício Lopes, representante do Conjuve (Conselho Nacional de Juventude), ressaltou a importância do encontro. "Vamos produzir idéias, através de um debate amplo, em cima das políticas da juventude brasileira. Este encontro é apenas o início de uma longa jornada".
O prefeito Emidio de Souza aproveitou o encontro para falar sobre algumas das ações do governo direcionadas aos jovens. "Criamos o Orçamento Participativo Jovem e garantimos renda e capacitação para 60 jovens da cidade por meio do programa Bolsa Trabalho. Além disso, Osasco terá uma universidade pública que vai beneficiar a juventude de toda da região".

A conferência contou ainda com a presença de autoridades e lideranças de todo o estado, dentre eles os secretários municipais Dulce Cazzuni (Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão), Gelso de Lima (Saúde), Jorge Lapas (Governo), Luiz Antonio Urban (Cultura), Roberto Trapp (Assistência e Promoção Social), Valmir Prascidelli (Esportes, Recreação e Lazer), Benedito Mariano (Administração); a coordenadora de Orçamento Participativo, Nice Abrantes; o coordenador de Relações Internacionais, Roque Aparecido Silva; os vereadores Mario Luiz Guide, Rubinho Bastos e Nelson Matias; o deputado estadual Marcos Martins; o deputado federal João Paulo Cunha; o vice-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Tales de Castro; o representante da executiva da UNE, Rafael Vargas; o representante do MSU (Movimento dos Sem Universidades), Sergio Custódio; a presidente do Conselho dos Diretos das Mulheres, Mirtes Faria; o representante da executiva da UEE-SP, Aitam Camilo; o coordenador geral da UEO (União dos Estudantes de Osasco), Carlitos Alves; o secretário de Juventude do PT/Osasco, Wendell Cristiano; o secretário de Juventude do PCdoB/Osasco, Samuel Wagner; a presidente do PT/Osasco, Rose Lima; o presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Antônio Dantas; o secretário de Juventude da Força Sindical, Jefferson Coriteac; o representante da juventude da CUT (Central Única do Trabalhador), Vinicius Sartorato; o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo,Osasco e Região, Taffarel; o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno; o representante da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria Geral da Presidência da República, Eric Meireles.

Fonte: Departamento de Imprensa Prefeitura de Osasco
e Coordenadoria Estadual de Juventude

MATÉRIA - AGÊNCIA BRASIL

Jovens sul-americanos querem

escolas mais atrativas e com horários flexíveis

Yara Aquino

Repórter da Agência Brasil

18 de fevereiro de 2008

Brasília - A necessidade de trabalhar para ajudar nas despesas de casa e para custear os estudos é uma realidade que se impõe para parte dos jovens sul-americanos que, diante desse fato, pedem uma escola com horários mais flexíveis e que permita a conciliação entre o trabalho e o estudo.

Para a integrante do Coletivo de Jovens Feministas de São Paulo, Ana Adeve, "as escolas não são flexíveis" a essa necessidade da juventude.

Outra necessidade que precisa ser analisada, segundo ela, é a conciliação entre estudo e maternidade. "Acredito que uma das coisas é melhorar o acesso à educação e ter cursos alternativos, horários diferentes e que possam garantir que a jovem possa colocar seu filho em uma creche próxima."
O caminho, segundo ela, é que as políticas de juventude sejam mais integradas para abranger os vários aspectos da realidade dos jovens.

Para Fabrício Lopes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a escola é pouco atrativa para os jovens por estar distante da realidade e não preparar para os desafios do mercado de trabalho. "É preciso dar atividades sociais, culturais e ensinar o conceito de vida que ele [o jovem] tem que ter para que quando sair da escola não tenha a ilusão de que tudo vai se resolver e ele não vai enfrentar dificuldades no mercado de trabalho."

De acordo com a pesquisa Juventude e Integração Sul-Americana, apresentada hoje (18), os jovens da América do Sul querem educação de qualidade e preparação para o mercado de trabalho. De acordo com a antropóloga e consultora do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Regina Novaes, a demanda desses jovens é de uma escola que "caiba na vida".
"Não basta falar em número de vagas, os jovens querem uma educação de qualidade, o que passa por acesso às tecnologias e pensar uma educação que tenha a ver com o mundo do trabalho e com flexibilidade para adeqüar o currículo a esse mundo", afirmou a especialista.

A pesquisa foi realizada com cerca de 960 jovens de diferentes realidades sociais do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. As seis principais demandas encontradas, em ordem de relevância, são: educação, trabalho, transporte, cultura, segurança e ecologia.

A coordenação do estudo foi do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em conjunto com o Instituto de Estudos Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Pólis)